Mães (im)perfeitas

Desde que me tornei mãe sinto uma pressão que não sentia nem quando trabalhava numa empresa que sugava toda a minha energia. É um tal de “não pode isso”, “não deve isso”, “aquilo está errado”, e eu fico completamente louca, a ponto de questionar se estou sendo boa mãe. Devo mesmo é fazer parte do time das mães imperfeitas!

Luca não nasceu numa piscina inflável e saiu nadando borboleta; ele não cruzou o olhar com o meu e falou “mamãe” em inglês, alemão e italiano; também não pegou o peito logo de cara, apertou e deu um arroto de fazer corar quem estivesse perto. Para as mães perfeitas, cujos filhos nascem perfeitos e membros da Mensa, me perdoem pelo conteúdo desse post. Eu sou uma mãe normal, cheia de defeitos, aprendendo a cada dia como criar um bebê e oferecer o melhor para ele.

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Não pode dar leite artificial ao nascer

Luca tomou, e continua tomando. O meu leite não desceu logo, e essa história de que o bebê pode aguentar até três dias pode até ser verdade, mas esqueceram de contar pro meu filho e ele chorava histericamente ainda na maternidade, só acalmando quando tomava o seu leitinho. Quando o meu leite finalmente desceu, me deparei com o problema do bico plano…

Tem que insistir com o peito

Insisti. Lutei. Passei por cima das minhas emoções confusas das primeiras semanas para oferecer o melhor para o meu filho. Tentei copinho, mamadeira com colherzinha na ponta, chamei consultora de amamentação para me ajudar, tomei tintura de algodoeiro, mas não rolou. Desde o início precisei da ajuda de um bico de silicone para fazer Luca mamar, e nem ele foi capaz de moldar o bico do peito para deixá-lo na forma ideal para a mamada {mesmo sendo importante sugar toda a aréola, o bebê não se habituou}.

O bico de silicone, que é visto pelas mães perfeitas como um crime inafiançável, para mim é o que ainda mantém Luca mamando até hoje – não exclusivamente, infelizmente – e ainda não me fez desistir. Não foi por falta de tentativas, nem as rachaduras no bico do seio me impediram de tentar, inclusive sem o bico de silicone. Ainda não perdi a esperança e me pego tentando fazê-lo pegar o peito sem o bico. Acho que mãe nunca perde a fé.

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Jogue fora mamadeiras, chupetas e qualquer outro bico que possa atrapalhar a amamentação

Não, não e não. Sorry, mas não. Como citei acima, as outras formas de dar o leite não deram certo, e parabéns para quem consegue ter sangue frio de ver o bebê chorando e continuar insistindo em algo que simplesmente não está rolando, eu não consigo. Se eu tivesse a garantia de cortar uma mamadeira e fazer o meu bebê mamar, seria maravilhoso, mas fazer o esforço para me deparar com um peito sem leite suficiente e deixá-lo chorando de fome, não dá. E não, não é fácil assumir publicamente que a fábrica de leite não funciona como deveria. Nenhuma mãe fica feliz com isso, mas faz o que pode.

Eu tentei e consegui

Fico feliz. De verdade! Eu adoraria escrever um post dizendo que hoje, com quase 4 meses, o aleitamento materno é a fonte única e exclusiva na vida do meu filho. Muitas mães nunca se depararam com nenhum obstáculo relacionado ao assunto; já li casos maravilhosos de mães que tentaram e conseguiram, porém também li casos de mães que tentaram, não conseguiram, foram crucificadas e ficaram deprimidas porque a sociedade de mães perfeitas e intolerantes conseguiu fazer com que elas se sentissem um lixo.

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Só uso fraldas ecológicas no meu filho

Até comprei uma, mas confesso que nunca usei. Sei que não estou fazendo a minha parte ao descarregar uma média de 8 fraldas descartáveis na natureza, mas a praticidade fala mais alto. E antes que as mães ecologicamente perfeitas venham dizer que vale a pena lavar as fraldas para ensinar desde cedo ao filho a preservar o meio-ambiente, respondo logo que concordo e incentivo. Na minha rotina, no entanto, não tenho como implementar mais esse sistema, pelo menos não por enquanto.

De forma alguma quero incentivar aqui o uso de mamadeiras, chupetas, bicos e leite artificial em detrimento ao leite materno. Se você é mãe de um recém-nascido e pode amamentá-lo, não abra mão dessa oportunidade, e prolongue essa atitude o máximo que puder. O vínculo que se cria com um filho que mama e a saúde que lhe é proporcionada não se conseguem com mamadeiras e leite artificial. O que estou expondo aqui é o que aconteceu/acontece comigo, e por mais que não seja a situação ideal em um mundo ideal, é mais corriqueiro do que se imagina. E se você é uma mãe perfeita {que não está sendo usado com ironia nesse post, acredite!}, entenda que as mães imperfeitas não o fazem por negligência, falta de vontade ou alienação, são circunstâncias que não são facilmente resolvidas.

De forma imperfeita, tenho tentado proporcionar o melhor para o meu filho. O que tenho percebido nesses quatro meses é que ele tem sofrido de um “problema” chamado ‘excesso de amor’. Com toda a minha imperfeição, Luca tem a mãe perfeita que o ama mais que tudo nessa vida!

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  1. Nossa, que lindo! Mãe não é so aquela que tem parto normal, consegue mamar e não dá chupeta ao filho não. Mãe é aquela capaz de dar o seu próprio coração com a maior felicidade do mundo, a um filho que precisa. Mãe é a maior benção que Deus pode nos dar. Mãe é mãe!

  2. Perfeito seu texto! Eu também fui e sou uma mãe “imperfeita”, minha filha mamou pouco, meu peito sangrava na boca dela, eu chorava de dor e não vi nenhum glamour de televisão em amamentar, mas mesmo assim, insisti, insisti e insisti, intercalando o peito com mamadeiras de leite e só consegui amamentar por aproximadamente 1 mês e meio. Recebi críticas e comentários desnecessários, das mães perfeitas, e me senti exatamente assim, como vc se sente. Mas te digo uma coisa, o amor que temos por nossos filhos é muito mais forte do que qualquer coisa e se erramos, para algumas, foi com toda certeza, tentando acertar e fazer o melhor! Ah, hoje minha filha já está com sete anos e adivinha? Continuo recebendo críticas, comentários desnecessários e orientações com “boas intenções” de toda parte, mas tenho muito claro na minha cabeça, eu faço o meu melhor e faço pensando no melhor para minha filha. E todo esse blá blá blá de quem quer ajudar e só atrapalha, não vai acabar nunca, pq o povo tá muito acostumado a tomar conta da vida alheia e esquecer de olhar para dentro da sua própria família ou para educação que costuma dar a seus próprios filhos, então vamos relaxar e filtrar o que nos é aconselhado, né? beijossss

    1. “o amor que temos por nossos filhos é muito mais forte do que qualquer coisa e se erramos, para algumas, foi com toda certeza, tentando acertar e fazer o melhor!” Márcia, essa frase bastou pra eu querer te dar um abraço agora. Não sei se estou fazendo tudo certo com Luca, mas o que faço é tentando ser perfeita pra ele. E vc tem toda razão, sempre vão falar, até gente da família. Um dia desses minha avó e minha tia estavam dizendo q vou acabar deixando Luca manhoso por dar muito colo a ele, mas veja só, um dia ele vai crescer e não vai querer e nem vou poder colocá-lo no colo, então vou fazer agora enquanto ele é pequenininho. E colinho é apenas uma forma de dar muito amor.
      Bjossss

  3. Ana Lu, não sou de comentar em blogs mas desta vez me senti impelida a fazer isso. Tenho um filhinho que já tem 4 anos, e quando ele nasceu e até os 3 meses ele mamava de hora em hora. Isso mesmo, 24 vezes por dia. Eu quase enlouqueci com toda a mudança que a chegada de uma criança traz e ainda com essa rotina de dormir 30 minutos, passar 30 minutos amamentado, dormir 30 minutos, passar 30 minutos amamentando. Um dia não aguentei mais e falei com a pediatra dele, e ela mesma me incentivou a dar o leite artificial a Tomás ao menos de madrugada para que eu conseguisse dormir algumas horas consecutivas, porque segundo ela criança feliz é criança com mãe feliz!! E hoje eu digo isso a todas as mães que encontro com dificuldade de amamentar, seja pro falta de leite, seja como eu com um neném de rotina muito pesada de amamentação. De que adianta todo esse sacrifício para ser uma mãe impaciente, irritada e não conseguir aproveitar plenamente os momentos lindos do crescimento do seu bebê? Parabenizo você pela coragem de publicar a sua dificuldade, acredito que vai contribuir para muitas mamães!

    1. Teresa, antes de Luca nascer eu já ouvia uma amiga dizer {reproduzindo a frase da pediatra} o mesmo que vc falou, que criança feliz é criança com mãe feliz. Sabe qual é um dos maiores problemas, fora as dificuldades propriamente ditas? É a necessidade de algumas pessoas colocarem outras pra baixo. Parabéns pra vc pela iniciativa de buscar ajuda e tomar uma decisão mal vista pela sociedade das mães perfeitas em prol do seu bem estar, e, consequentemente, do bem estar seu filho.
      Bjosss

  4. Lu! Só o fato que vc estar fazendo o melhor POSSÍVEL para o seu filho, torna você “A Mãe Perfeita”! (até pq já ví mulher com muito leite, que após a mamada, entrega logo pra babá ficar com a criança e tá nem aí… ahh tem tantas assim na tal da nossa sociedade que nos rotula…) bjs!

    1. Aninha, reluto para deixá-lo com babá. Mesmo tendo uma, tento passar a maior parte do tempo possível com ele. Ver o primeiro sorriso, ter a mãozinha dele tocando meu rosto em reconhecimento, e outras coisinhas do tipo são momentos impagáveis. Bjosss

  5. oi Ana Lú, é não é fácil, passei por exatamente isso; Meu leite demorou 5 dias pra descer e Enrique chorava loucamente de ficar vermelhinho e no hospital deram no copinho pra ele confesso que na hora fiquei p da vida, passei os 40 dias de pós parto na casa da minha familia (que é grande pai,mãe, vó, irmã, tia, tio e mais 2 cachorros) tentei ser fria e dar só peito mas a demora do leite descer e o menino chorando de fome e assim que o menino chorava e vinha esse pelotão todo falar explicar e desenhar que ele precisava da mamadeira e dei com culpa, mas dei e ele mamou 75ml (me lembro como hj) e arrotou e dormiu, tranquilamente e quando desceu o leite ele mamava os 2 peitos até esvaziar e mais 70ml de leite de LA e foi assim até os 4 meses quando ele largou o peito naturalmente.
    Eu aprendi que Enrique é meu filho, sou eu que vivo com ele, sou eu que cuido dele em todos os momentos com ajuda da pediatra e de familiares de confiança, sempre segui meu coração e nunca deixei me abalar pelo que os outros acham que sou uma péssima mãe, sei que não sou perfeita mas tudo que faço é pelo bem dele e com muito amor. Ana Lú só posso te dar um conselho siga o seu coração sempre.
    bjus

    1. Bete, na teoria é muito fácil e lindo, a prática é outra. Em um mundo perfeito, o leite teria descido logo, Enrique teria mamado o suficiente e dormido a noite toda. Não é bem assim que funciona, né? Bebês não vem com regras armazenadas num chip, e para nós não chega nenhum manual. Estou contigo, temos que seguir o coração. Bjosss

      1. Pra qualquer um é fácil nos criticar sem ter a menor idéia do que se passa em nossas vidas, é como você ser OBRIGADA a amamentar custe o que custar, e isso acho que é o que mais pesa e o que era pra ser de extremo prazer e alegria passa a ser uma ordem e isso deixa a mãe frustada e faz com que ela pegar qualquer sentimento bom em amamentar. E essa cobrança exagerada vem sempre de familiares a avó que amamentou 7 no peito, a mãe que amamentou 2 no peito, a sogra que amamentou 3 no peito, daí vc chora ou resmunga pq o peito tá doendo sangrando rachando e todos te tacam pedra pq vc é fraca não é capaz de amamentar, pq claro todas elas foram perfeitas. (desculpa é que li em outro blog, um texto que tbm falava de ser a mãe perfeita, e essa cobrança da perfeição materna me deixa p… da vida).

  6. Graças à Deus eu consegui amamentar minhas 3 meninas… porém a Mel de 11 meses não toma nada além do leite de peito… Estou doida pra desmamar ela e não consigo… j tentei de tudo e tudo foi em vão…. bicos e leites diferentes… e nada… somente o meu leite… ela almoça come frutinha … janta e tudo mais… só que ainda acorda pelo menos 4 vezes de madrugada… advinha pra que ??? Pra mamar… já não sei o que Fasso… a pediatra disse que não é fome ela fez o meu peito de chupeta… ( Que eu me arrependo até hj por não ter dado) que era pra eu acalentar e fazer ela dormir… mas quem disse que a criança dorme…. Aff… olha estou exausta…depressiva.. estressada.. .e sentindo um lixo… e estou quase comprando um desses remedinhos que auxiliam… porq ela não dorme de dia e nem de noite… não acredito que estou sendo uma péssima mãe por isso… tenho que pensar em mim msm… Se eu não tiver descansada… como que eu vou cuidar dela com a qualidade que ela precisa….

    1. Mel, já tentou a mamadeira que tem uma colherzinha na ponta? Você pode ordenhar o leite e pedir para o seu marido revezar com você de madrugada. Acordar 4x sem dúvidas é estressante, e por maior que seja o amor, ele não elimina o cansaço físico. Boa sorte!

  7. Oi Ana Lu!
    Eu sou da seguinte opinião, o seu bebê está saudável com todos estes imprevistos? Vc buscou outras alternativas para deixá-lo bem? Então, vc não é imperfeita. Apenas teve de lidar com situações inesperadas. Imperfeito, mesmo seria se vc não desse importância e mantivesse com a mente fechada somente com o pensamento em si. Acho que a maternidade muda a percepção do Só Eu para Nós. Porém, cada pessoa é uma pessoa e devemos respeitar. Quanto as fraldas, olha, seria maravilhoso ser ecologicamente correto, mas a vida anda corrida para todo mundo. E se não dá para abrir mão dos descartáveis, tente compensar com outra coisa ecológica. Eu, quando bebê, era alergica a fralda de pano. Então… Ou usava os descartáveis ou cagava em tudo que eu passasse. Hahaha! Faça um apelo para criar fraldas biodegradáveis. Hehehe!
    Um beijo e vc está incrível! Mesmo!

    1. Mandy, fiz tudo o que podia, atrelado a todo os percalços ainda passei pela perda do meu pai, e queira ou não o emocional acaba influindo tb. No momento em que recebi a notícia de que ele tinha nos deixado eu estava amamentando, e mesmo nesse momento tentei me manter calma para não passar pra Luca a angústia e tristeza q estava sentindo. As pessoas apontam o dedo sem saber o que se passa na vida de cada um… Beijos e obrigada pelo elogio, eu amo essas fotos, mesmo sem maquiagem, sem brinco e despenteada, rs. Bjoss

  8. Ana Lu, há 22 anos tive os mesmo sentimentos q vc, qd me deparei com meu bebê em situação quase idêntica q o seu Luca… Td isso passa… Mães diferentes, ‘perfeitas’ e bebês ‘perfeitos’ sempre existirão… Só resta diluir os ensinamentos e comparações inúteis. Dificuldades de uma marinheira de primeira viagem, q só o tempo vai mostrar q TD foi feito certinho (senti isso qd tive a 2ª filha). Com mt certeza é garantido q numa próxima experiência (q seja em breve!!) nada disso lhe angustie mais. Só o amor importa. Mamadeiras, chupetas, fraldas descartáveis são detalhes. AME e ponto final!!!!!!!! Bjks

    1. Rê, talvez há 22 anos vc não tenha tido as palpiteiras virtuais no seu pé do ouvido, mas deve ter tido até gente da família querendo dar palpites. Outra época, mesmos perrengues! Sei que tudo isso passa, estou aprendendo a relevar desde já para só passar para Luca o amor por ele, e deixar toda essa negatividade de fora. Beijão

  9. Oi Lu! Não se culpe ..eu consegui dar 2 meses e meio de leite materno exclusivo para meu filhote e do nada ele começou a sentir fome e tive que complementar …logo 15 dias depois ele largou meu peito e ficou so com o leite artificial..com 4 meses ja introduzi frutas e legumes e sua refeição e hj em dia meu flhote com 4 anos é super bom de boca e super saudável ! O mais importante em ser mãe é dar amor aos nosso filhos..e se exitem recursos como leite , mamadeiras e chupetas que glória que podemos usar a nosso favor! beijos e seja feliz com seu bebe!
    Bjs

    1. Lud, me culpar mesmo não me culpo, sabe? Essa situação não é a que eu teria escolhido, mas tb não acho que seja um bicho de 7 cabeças. Eu acabo me sentindo mal é com os comentários acusadores, como se isso fosse uma escolha de uma mãe negligente. Mas amor não falta, e espero que isso seja considerado, pq pra mim e pra Luca o amor nos completa. Bjosss

  10. Aninha parabéns pela sua coragem de se assumir (im)perfeita! Não entendo nada de maternidade, até porque como já te contei, decidimos eu e meu parceiro a não ter filhos, mas entendo e muito bem a tirania das pessoas que pensam diferente da gente. Ultimamente o mundo está dividido em uma guerra de ideias que me entristece. Essa intolerância machuca sabe, e sinto isso na pele quando, acanhadamente conto que não quero ter filhos. Normalmente me perguntam isso, eu não chego ditando que essa é a opção certa! Essa é a nossa opção hoje, o que não quer dizer que daqui a alguns anos podemos mudar de ideia, e podemos até nos arrepender. Mas somos nós que vamos sofrer isso, e assumimos esse risco.
    Por isso te aplaudo pela sua coragem de assumir o que a maioria das mães que eu conheço passaram: perrengues!! Coisas “normais” daqui um tempo, quando você lembrar vai rir… te garanto!! E oro a Deus pela tolerância que o mundo tanto precisa!!

    Beijos…

    1. Ai Kaká, não aguento mais essa intolerância, sabe? Não só com relação à maternidade, mas a tudo. É uma necessidade que as pessoas tem de darem conta da vida e da opinião dos outros que só Deus na causa. Acho que eu não me sentiria tão incomodada se não visse tantos julgamentos, e embora não tenha recebido comentários inconvenientes diretamente feitos a mim, vejo nas próprias redes sociais o quanto as mães imperfeitas são apedrejadas.
      Tem gente que tem uma vida tão, mas tão perfeita, que em vez de cuidar do filho passa o dia no facebook jogando farpa nos outros. Afffff!
      Bjossss

  11. Ana, vc sabe minha história com a Gi né? Não tive leite, a menina tomou Nestogeno desde o começo, chupou chupeta, usei fralda descartável (gente peraí que história é essa que não pode usar?), fiz parto cesárea porque tenho SP e não ia deixar minha filha sofrer com um parto normal que eu não aguento, sim levei muita mas muita mesmo medicação pra não sentir dor (eu queria mesmo era ter apagado), muitas mamadeiras já passaram aqui em casa (agora não mais né?).
    E tá aí a criança é mais saudável que eu, ou seja, tô no time da mãe imperfeita.

    1. Mari, estou numa situação quase semelhante à sua, exceto pelo parto, q eu queria ter tido normal. O resto tentei fazer o “certo”, se não deu, fiz e continuo fazendo o que acho certo dentro das nossas possibilidades. Bjo pra vc e pra Gigi.

  12. Primeiramente.. Que coisa mais rica o Lucca está!! Muito lindo e já sem cara de bebezinho recém nascido, já é um garotão, rs!

    E sobre ser mãe (im)perfeita, acredito que não estamos numa guerra e as opções que tomamos nos colaca em lados opostos.. Somos todas mães em busca do melhor pra nossa cria! Ás vezes acertamos, às vezes não, mas sempre temos a intenção de fazer o melhor!

    Aqui a amamentação funcionou e funciona até hj (1 anos e 5 meses), é eu chegar do trabalho e meu faminto já vem todo se querendo arrancar minha blusa, rs..
    Não planejei amamentar prolongadamente, mas foi acontecendo e cheguei a conclusão de que a hora de parar vai ser decidida por mim e pelo meu filho e mais ninguém tem o direito de se meter nisso, e também sofro com os palpiteiros de plantão: “Ainda mama nessa idade?”, “Seu leite não tem mais nutrientes pra ele!”, “Mas ele não toma mamadeira?”, “É muito feio criança grande mamar no peito!”..
    Eu me incomodo com esses comentários, mas procuro não deixar essa negatividade chegar no meu filho, tento não amamentar na rua por inúmeros motivos indiferentes aos olhares maldosos, mas tem vezes que não dá e não tenho pudores de sentar num banquinho, colocar o peito pra fora e deixar meu garotão se fartar.. E se alguém vier me recriminar, vai tomar um fora de leve, pq eu sou fina, não fico discutindo com desconhecidos na rua, rs..

    Ele não toma outro leite, aqui em casa é só LM, nem por isso ele deixa de almoçar ou jantar, nem deixa de comer qualquer coisa que é oferecida nos horários de lanches.. Mas pra tirar aquele cochilinho, um leitinho direto da fonte vai bem, né?

    Não existe mãe perfeita todo tempo, o que é bom pra uma, não é pra todas e mesmo que seja, as condições que vivemos são muito diferentes pra agirmos sempre iguais, o importante é ter consciência sobre as opções que tomamos e fazer mesmo o melhor ao nosso alcance, e se não der, bola pra frente, sem culpa, sem choramingos..
    Siga fazendo o que seu coração mandar, na maioria das vezes, ele vai estar certo e te colocará no caminho da felicidade!

    1. Nat, e que bom que você não é daquelas mães radicais, que acham que o mundo inteiro precisa amamentar e crucifica quem não sai colocando os peitos pra fora. Eu concordo com vc, acho que cada mãe faz o que acha que é melhor pro filho, pelo menos dentro das possibilidades, e se erra é tentando acertar. O chato são os comentários crucificadores de quem não segue o manual de mãe perfeita, as pessoas julgam sem saber o que se passa. Bjosss

      1. Não importa o que vc faça ou deixe de fazer.. Vai sempre ser julgada! Sempre vai ter alguém contra, sempre vai existir outra maneira “melhor”.. Então o negócio é deixar falarem.. Até que cansem, ou procurem outra pessoa disposta a discutir o assunto, rs!

  13. Oi Ana!!! Texto lindo e emocionante! Comigo não foi diferente! Amamentei por 3 meses e quase piro. Aconteceu exatamente comigo o que aconteceu com Maria Teresa. O meu agravou porque a pediatra
    falava que era normal. Com 3 meses ele só ganhou 100gr! Foi para o
    leite artificial e eu me tornei uma mãe muito mais calma e ele ganhou muito mais peso :) Ele estava bem e feliz e eu mais ainda! beijos e te desejo tudo de bom nessa nova caminhada!

  14. Adorei o post e super me identifiquei com ele! Exceto em uma coisa… Nunca me senti imperfeita e nunca senti 1 pingo de culpa. Sou mãe de uma linda menina de 14 meses, e desde o segundo dia de vida (sim, o meu limite foi 1 dia apenas), alternei leite materno com leite complementar: sem culpas! E tem mais, indico, indico e indico para todas as mães que cruzam o meu caminho. Minha filha não eh menos saudável por isso, nem tem menos vinculo comigo por conta disso, ao contrário, temos uma ligação incrível, e ela nunca precisou ir ao médico exceto nas consultas de rotina. Nunca encontrei o romantismo da amamentação. Amamentei duros 3 meses e meio, SEMPRE alternando com leite complementar, e sempre senti dor, tive rachaduras, pouco leite, etc. Tomei hormônio para estimular o leite, e nada de leite. Em compensação, quasé fiquei careca de tanto cabelo que perdi. Eu moro no Canada, e uma médica canadense me disse o seguinte: “não tenha preconceito com fórmula (leite complementar). Mais vale uma mãe feliz e descansada dando fórmula, do que uma mãe estressada, cheia de dor, insistindo a todo custo na amamentação.” Vendo que eu carregava na cultura brasileira a obrigação de ter que dar leite de peito ela riu e disse: “eu não entendo, vcs brasileiros insistem tanto no leite materno, mas a obstetrícia no Brasil não tem o menor pudor em fazer uma cesariana.” Sim, o Brasil eh o pais que mais faz cesáreas no mundo! Portanto, sou a maior defensora do leite complementar. Realmente não substitui o leite materno, mas eh um ótimo aliado das mães, inclusive permite que os pais também participem da cansativa tarefa de alimentar o bebê! Obrigada pelo post! Foi maravilhoso!

    1. Mi, se a pessoa tem leite, não tem porque não amamentar, né? Chato é quando a gente enfrenta dificuldades, como as que citei, e é cobrada pela sociedade a fazer a coisa “certa”, como se estivéssemos por livre e espontânea vontade fazendo menos do que podemos pelos nossos filhos. Fiquei super feliz com a leveza que você me passou no seu comentário, livre de culpas. Que esse vínculo continue forte com sua princesa, independente das regras.
      Beijão!

  15. Ana Lu, minha linda. Ninguém é perfeito; ninguém e principalmente as mães. Não escute conselhos bestas de quem nunca teve filho ou de quem teve e se julga perfeito – porque tem caroço nesse angú aí! Ser mãe é viver na tentativa e erro, tentativa e acerto. Quem sabe o que é melhor pra ti e pro teu bebê é única e exclusivamente tu, ninguém mais. Ok? Não se descabele por pouco, e ame infinitamente seu pequeno.
    Beijão!

    Ana

    1. Aninha, você que tem 3 deve ter ouvido muito já, hein? Espero que com Davi as pessoas estejam te dando uma trégua. Tento acertar sempre com Luca, sei que às vezes vou errar, mas sempre no intuito de acertar. Chato é ouvir críticas ou indiretas como se estivesse fazendo o insuficiente por ele por livre escolha.
      Bjoss

  16. Não, não, não e novamente não. Não existe a mãe perfeita, aliás, não existe uma pessoa perfeita. Existe sim, e isso eu acredito, pessoas que fazem o MELHOR para oferecer o MELHOR para seu filho, e isso eu tenho CERTEZA que você faz. Beijocas

  17. Nossa Lu que coisa linda o finalzinho do que escreveu… adorei ler esses dois posts, eu já ando sofrendo por antecipação, porque estou grávida de 20 semanas mas não sinto nada no meu peito, o bico até cresceu um pouco mas não sinto a dor que algumas mães dizem sentir na gravidez e meu peito ta do mesmo tamanho, então fico achando que não terei leite pra dar pro meu filho e já fico sofrendo, a médica me falou que o peito muda mais no fim da gestação, mas sei lá né? beijosss e Luca ta lindo!

    1. Lu, eu nem lembro quando vim começar a sentir o peso, mas acho que o fato de não sentir não significa q não tenha leite. Mesmo com o peito pesado, tive pouco leite, amamentar ainda tem sido um sacrifício pra mim.
      Já descobriu o sexo do bebê? Está na metade!! Já já ele(a) está aqui!!!
      Bjosss

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