Viajando de avião com bebê

Eu suei. Suei para #@$%$*&! Não sei ainda se foi uma mistura de calor de verão em Recife em pleno outono + avião pensando que era sauna + ansiedade pela primeira viagem de avião com bebê ou se foi só a ansiedade pelo comportamento de Luca em seu primeiro voo num momento em que ele anda nessa fase suuuuper malcriada {alguma mãe aí pra me dizer que essa fase vai passar?}.

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Os preparativos para a viagem de avião com bebê

Me preparei psicologicamente por vários dias. Na verdade comecei a pensar em situações que quem não é mãe deve pensar que é loucura ou exagero: “E se ele vomitar?”, “E se ele chorar o tempo todo?”, “Dor de ouvido, como controlar?”, “E se ele conseguir se desvencilhar dos meus braços e sair correndo no corredor do avião?”, “E se ficar chutando a poltrona da frente e o passageiro se arretar comigo e os comissários nos expulsarem do avião?”. Sério, meus devaneios chegaram nesse nível.

Como mãe precavida levei uma mochila que, segundo minha coluna, pesava mais que Luca. Mamadeiras, biscoito, fraldas descartáveis, fraldas de pano, manta, uma muda extra de roupa, brinquedos, tablet, potinho com as medidas de leite, suquinhos… Eu poderia até participar daquela brincadeira que Sílvio Santos fazia no Topa Tudo por Dinheiro: “Quem trouxe um galho de árvore?”, aí uma senhorinha lá no fundo gritava “eeeeeuuuuuuuuuu”, e vinha correndo pra ganhar seus R$ 100. Pois eu teria ficado rica, porque na mochila tinha tudo, inclusive os carregadores de todos os aparelhos tecnológicos, meu note, câmera. Tinha tudo mesmo! Menos um galho de árvore.

Falando em mochila, essa cabe o mundo e é bem resistente. Minha intenção era para levar em viagens mesmo, precisava ser grande e bem dividida. Essa é de uma marca chamada Swisswin {tem na Baggagio}, tem quatro divisórias e ainda tem bolsos laterais onde coloquei as mamadeiras. Aprovada!

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A vantagem de ser preferencial

No aeroporto Luca se comportou bem, o check-in foi super rápido e pouco tempo depois que a gente entrou na sala de embarque mal sentamos e a Azul já estavam chamando para embarcar. Normalmente eu esperaria para entrar por último, mas me dou ao direito de usufruir do benefício de ser preferencial, e foi bom entrar primeiro para poder acomodar meu pequeno no avião.

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Perrengue dentro da aeronave

Por sinal dentro do avião estava estupidamente quente, e acho que isso contribuiu para deixar Luca um pouco irritado. O avião era daqueles com duas poltronas de cada lado e um espaço mínimo para as pernas, o que significava que ele não podia nem ficar no chão porque eu não tinha onde colocar as pernas. Como a mochila não cabia embaixo do banco, aproveitei para tirar logo uma mamadeira de água, uma caixinha de suco, o tablet e o Buzz Lightyear e acomodei tudo no bolso da poltrona, assim não precisaria tirar nada durante o voo.

Não teve dor de ouvido, mas ele passou o voo inteiro inquieto, se distraindo por alguns breves momentos com a Peppa na TV do avião ou com Pocoyo no tablet. Numa poltrona um pouco mais à frente havia uma garotinha que também chorava bastante, e os dois ficavam ora revezando o choro, ora fazendo um coro para ver quem tinha a voz mais potente. O rapaz do banco da frente não me agrediu, mas devia estar puto porque a cada crise de malcriação Luca tentava se desvencilhar de mim e empurrava o banco.

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Tripulação, preparar para o pouso. Amém!

Graças a Deus era um voo curtinho, cerca de 30 minutos de voo de Recife para Natal. Na saída do avião {que eu quase não saio porque as pessoas educadíssimas não dão passagem para uma mãe carregando um bebê} coloquei o Ergobaby para poder pegar a mala na esteira, e uma alma boa, uma senhora, parou para me ajudar e prender a parte de trás do canguru. Na esteira outra moça se prontificou a esperar a minha mala aparecer para poder me ajudar, mas não foi necessário, consegui pegar sozinha sem problemas. Mas é tão bom ver gestos de gentileza, né?

Eu voaria novamente sozinha com Luca numa boa, só confirmaria com a pediatra dele antes se rola umas gotinhas de Dramin. No próximo mês faremos uma viagem um pouco mais longa, mas dessa vez o pai e as duas avós estarão conosco e vai facilitar um pouco.

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5 comments Add yours
  1. O Rafi ja viajou de avião com 5 meses de vida..foi curtinho.uns 50 minutos de voo. Mas o avião ficou parado 1 hora e meia com a gnt la dentro..porque algo não funcionava! Uma loucura..mas consegui administrar entre o peito e mamadeiras. Ele ainda cagou e eu troquei a fralda no apertamento do banheiro! hahahaha Beijos

  2. Que corajosa pegando avião sozinha com baby e ainda com mala despachada, rs!
    Aqui já viajamos algumas vezes de avião, mas sempre com o pai ou avós.. É meio tenso mesmo, acho que as crianças ficam mais agitadas com a nossa afobação do que por qualquer outro motivo, rs..
    Viajei sozinha só de carro e de ônibus!! De carro, ele chorou por 1h seguida!! Foi um pouco terrível, eu parei, dei mamá, dei biscoito, dei brinquedo, mas ele não queria nada!! Aff, tadinho!
    De ônibus ele fica super empolgado, quer mexer com os passageiros de trás, canta, pula, quer correr… O duro mesmo é o desconforto na hora de dormir.. E sempre tenho alguém me esperando pra ajudar com as malas na hora que chego..

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