Sejamos luz

Eu vejo pessoas queridas postando mensagens para as “invejosas” no Facebook, vejo indiretas para as “recalcadas” no Instagram. Às vezes eu até curto dependendo do contexto {se o comentário é acompanhado da pessoa falando que começou a fazer exercícios físicos e bateu uma nova meta, por exemplo}. Eu não entendia o porque de sentir um “peso” quando lia essas coisas, mas agora entendo: é a carga de energia negativa que acompanha esse tipo de mensagem.

Sejamos luz! (Não é difícil)

“Nossa, mas postar uma foto de uma meta alcançada é energia negativa?”. Dependendo do comentário que você posta sobre ela, sim. Vocês já perceberam o quanto que a energia influencia esse tipo de postagem? Vocês já perceberam que quando é algo muito legal, a pessoa que posta está se importando menos com o resultado alcançado e mais com a receptividade e aceitação dos outros? E que por mais positiva que seja essa receptividade, a mensagem geralmente é direcionada a quem provavelmente vai mandar energia inferior?

Deixa eu explicar melhor com uma situação: Maria fez uma lipo e colocou silicone. Está radiante, se sentindo muito linda e feliz! Para compartilhar essa conquista, Maria posta uma foto no Instagram mostrando suas curvas realçadas. Maria poderia ter escolhido postar sua foto com uma mensagem positiva, feliz, mas Maria colocou na legenda: “Essa vai para todas as inimigas que parecem uma tábua e só em outra vida terão um corpo cheio de curvas como o meu”. Sentiram que a energia mudou? Que algo que era tão bom recebeu uma carga baixa? E que você, que nem é a pessoa que passou pela faca e nem é a “inimiga” da indireta, acabou sendo afetado por uma sensação pesada?

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Eu não me importo com o que os outros pensam!

Quem posta esse tipo de comentário se importa, sim. Se não se importasse, não estaria tentando atingir outras pessoas com uma coisa relativamente pequena. Quando a gente espera uma resposta negativa, a gente já está pensando baixo. Pode parecer clichê, mas aquela frase que diz que o universo responde ao que a gente pede é a mais pura verdade, e quando mandamos uma mensagem com o teor negativo, não tem jeito, a resposta será de acordo.

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Na defensiva

Pode até ser que estejamos enviando essa mensagem negativa pro universo de forma inconsciente, como uma forma de se defender: “antes que alguém comente na minha foto que estou feia, vou dar uma voadora para as pessoas verem que não dou a mínima pro que elas pensam”. Mas por que elas pensariam mal de você? E se pensarem, não é um problema único e exclusivo delas? O problema pode não estar nos outros, e sim na sua auto-aceitação. Vivemos numa sociedade que ainda é muito preconceituosa com relação à tudo: homossexuais, negros, gordos, nordestinos, quem prefere azul em vez de verde, quem cria girafa em vez de cachorro… Infelizmente não podemos mudar a cabeça do mundo, mas podemos mudar a nossa nos aceitando da maneira que somos e sendo felizes de verdade, e não apenas nas fotos das redes sociais. 

“Ai, que difícil, né?” É, mas em vez de mandar mensagem de repúdio à todas as pessoas que você acha que não aceitam o fato de você ser uma neguinha super feliz de cabelo encaracolado, que tal antes olhar pra dentro e aceitar que a cor da sua pele é essa e que essa capa que chamamos de corpo não muda a sua essência, não muda o seu espírito? Para que sejamos luz, precisamos nos aceitar como luz!

Inimigos imaginários

Existe gente mala no mundo, mas nem todas as pessoas estão concentrando o pensamento em você. Talvez, e bem provavelmente, ninguém esteja desejando-lhe o mal por você ser bonita/magra/ruiva/cacheada/plus size/feliz/verde, mas você acha que suas características positivas incomodam todo mundo, que as negativas que você mesma repudia incomodam os outros, e combate ferozmente os comentários e os inimigos imaginários, o pensamento que você imagina que vão ter sobre você. “Não são imaginários, existe muita gente invejosa!”, brada você. Existe sim, mas essas pessoas estão vivendo a vida delas, não estão sentadas com um vudu na mão matutando formas de atingir você e acabar com a sua felicidade.

Rebata com luz, seja luz!

E se alguém estiver tentando atingi-lo com energia negativa, rebata com luz. Desejar o bem a quem nos faz mal é uma das tarefas mais difíceis, mas quando pensar o bem, desejar o bem, fazer o bem se tornam uma prática diária, se torna comum, vira o padrão, e nós até nos desligamos da hipótese de haver alguém que não deseja esse mesmo bem para nós. E quando se está munido de luz fica muito mais difícil de ser atingido pelo mal que vem de fora. Sejamos luz então. Vamos tentar?

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Imagens: Shutterstock

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9 comments Add yours
  1. Ai que post bacana, Anaa!
    A gente meio que se perde nas redes sociais as vezes, tenho enfrentando muitos problemas pessoais e na minha familia, e por isso venho tentando ser uma pessoa melhor com os outros, pois acredito muito no lance da energia e do carma. Não que fosse uma pessoa ruim antes, mas acho que conforme o passar dos anos vamos amadurecendo sim, e nos preocupando mais com questões que antes não dávamos importância.
    Que tenhamos não só a capacidade de SER luz, mas de levar luz à vida de quem amamos <3

    Beijos
    Camila

    http://www.sejabelissima.com.br

  2. Resumindo tudo, Ana, sabe o que eu acho que acontece? Difícil alguém dar aquilo que não tem. Ou: o fruto vai aparecer conforme a árvore.
    Tem pessoas que infelizmente não tem nada a oferecer, é isso.. Triste, né? Mas é verdade!

  3. Lindo texto, Ana.
    Acho que já havia sentido isso, essa negatividade, só não havia visto dessa maneira. Sentia-me incomodada com certas postagens dos meus “amigos” virtuais. Os que são amigos mesmo, pude compreender o que passavam por ter contato real com eles e até conversar a respeito. E os outros, passei a excluir das redes ou deixar de segui-los; eram postagens tão pesadas que eu me sentia mal depois de ler.
    Agora o que eu me pergunto é: por que as pessoas têm seus “inimigos” como amigos de Facebook ou seguidores de Instagram? Sério, entendo que não dê para evitar essas pessoas na vida real (a gente nem sempre pode escolher os colegas de trabalho, de faculdade, e principalmente os parentes), mas a gente não precisa tê-los em todas as redes sociais. Parece que tem um pouco de masoquismo e exibicionismo nisso. As pessoas querem ter plateia, nem que seja para serem vaiadas.

    1. Ney, tem uma menina no face q eu adoro, acho ela uma querida, me trata bem pra caramba, mas ela vive postando coisas pras “inimigas”, e eu me sinto tão mal… Ela não é próxima a ponto de eu dar um toque, e nem quero excluí-la pq gosto dela. Mando boas vibrações, tento ser luz, pq é o q me resta.

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