Se você está tendo um déjà vu ao ler a frase do título do post, provavelmente está lembrando de quando estava lá pela 3ª série e ouviu essa frase de uma menina que tinha um bambolê branco de listras rosa neon, ou um iô-io da Grapette que ela conseguiu trocar com tampinhas de refrigerante, ou uma Menina-Flor do jarro lilás… e você não!
Ainda bem que já saímos do primário e não precisamos mais correr pra coordenadora da escola chorando porque fomos humilhadas na frente das outras amiguinhas. #NOT!
Confesso não ser a pessoa mais observadora do mundo, sou até meio “avoadinha” de vez em quando, mas certas coisas me chamam a atenção de uma maneira não muito positiva, e o que tenho observado ultimamente é que parece que voltamos à época do colégio.
Explico.
A maioria das pessoas que tem blog de moda, beleza, e futilidades “belezísticas” em geral, tem porque gosta do assunto que aborda. Fato. Grande parte desse grupo de pessoas não começou a ter todos os produtos dos quais fala em seus blogs da noite para o dia, vêm comprando e testando há algum tempo. Outro fato. E tem gente que adooooora, com todo o fervor e emoção, contar vantagem das mil coisas que compra sem necessidade só para falar delas no blog ou twitter. Novo fato.
Não estou aqui para crucificar as pessoas que mostram suas comprinhas nos blogs, e nem pra julgar as consumistas de plantão. Na verdade, adoro ver esses posts e fico super feliz quando as meninas compram coisas que almejavam há tempo. Fico feliz de verdade! (E quem não gosta de comprinhas, né?) Também sei que algumas pessoas têm uma paixão por algum tipo de produto, e gostam de testar várias marcas diferentes, por isso compram sempre. Condeno aqui a imagem que algumas pessoas querem passar só para jogar na cara fazer bonito diante dos outros.
Me respondam com sinceridade:
1. Colocar a foto de um produto novo – e caro – todo os dias no Twitter a faz se sentir uma pessoa mais especial?
2. Nunca passa pela sua cabeça
de ventoque a maioria das pessoas não pode comprar num mês nem 10% das coisas que você esbanja a cada dois dias?
3. Falar que ganhou presentinhos de várias empresas, mesmo que seja mentira, a deixa melhor na fita?
4. É cute dar chilique porque um produto foi lançado e sua amiga recebeu uma amostra e você não? E você precisa comprar deseperadamente pra não se sentir inferior a ela?
5. Mendigar por comentários sobre as suas 10 novas aquisições diárias torna o seu mundo mais pink?
6. Você precisa de 1000 seguidores no Twitter e só seguir 10 pra se exibir e se sentir mais pop?
7. Depois de dar o seu showzinho, você acha que o mundo inteiro tem inveja de você?
Se você respondeu sim a três ou mais perguntas, você é bitch de marca maior. E você tá pouco se lixando pros seus ítens de maquiagem, o que você quer mesmo são flashes e bajulação.
Acho ridícula, absolutamente ridícula, a atitude de pessoas que fazem essas coisas para se exibir. Essas pessoas me entediam profundamente, e o que deveria ser divertido (ver as comprinhas) acaba me dando uma impaciência descomunal. #Boring
Isso tudo pode parecer uma grande e dolorosa dor-de-cotovelo, mas não é. Só acho que existem alternativas melhores de chamar a atenção e de cativar pessoas do que contando vantagens. Textos bem escritos, conteúdo interessante, bom-humor, e, acima de tudo, humildade e carisma, podem ajudar a trilhar um caminho mais bem-sucedido.
Não sou livro de auto-ajuda para dizer o que essas pessoas deveriam fazer a partir de agora {#TeVira!}. Mas agradeço pelo exemplo do que não fazer, e prometo não ficar contando vantagem – e enchendo o saco – mesmo quando eu for rica e famosa (hahaha). Porque de pé-no-saco nesse mundo, basta o que já tem!