Ícone do site Oxente Menina por Ana Lu Fragoso

Bom atendimento é tudo… ou nada!

No encontrinho não-oficial que aconteceu no último sábado, aconteceu um fato interessante. Um dos vários assuntos sobre os quais conversamos foi a atitude que cada uma tomava quando recebia comentários agressivos ou ofensivos em seus blogs. Eu falei que quando recebia críticas, não só publicava o comentário como também levava em consideração o que havia sido dito {não sou uma pessoa orgulhosa de achar que “esse é o meu jeito, aguente quem quiser”. Se eu puder mudar para melhorar, vou sempre procurar fazê-lo}, e no caso de ofensas gratuitas ou intenção de criar inferninho, simplesmente recusava o comentário e morria o assunto.

E uma das coisas que eu falei, que é meio que um motto na minha vida é que, quando eu estou certa, eu argumento, brigo, corro atrás! Talvez vocês estejam pensando: “ihhh, barraqueira”, mas nem sou. Só acho que nós – brasileiros em geral – somos muito passivos, aceitamos tudo sem reclamar ou correr atrás dos nossos direitos e nos acomodamos com qualquer desculpa esfarrapada. E eu tenho sérios problemas para aceitar essa passividade.

Pois bem, voltando ao encontrinho, conversamos sobre esse assunto e ali mesmo ele morreu para dar lugar a outras várias conversas. {Vale ressaltar que, mesmo com esse inconveniente no final, a tarde fluiu maravihosamente bem na companhia de pessoas maravilhosas.}

Imagino que o pessoal da patisserie tenha ouvido trechos das nossas conversas e resolveu fazer um teste prático conosco. Eles só não imaginaram que pegariam a pessoa errada…

Na hora de pagar a conta, cada uma conferiu o valor que devia e uma parte resolveu pagar no cartão de crédito. A história começou estranha quando a mocinha do caixa disse que já deveríamos falar o valor exato que seria debitado em cada um dos cartões. Mas peraí, como assim? Passa um de cada vez, cada um calcula o valor aproximado (contando os 10% do serviço, claro!), e o último paga a diferença pra fechar o total da conta. Não é quase sempre assim que funciona quando vamos em bares e restaurantes com um grupo de amigos? {Antes que vocês digam que sempre tem um espertinho que se faz de doido e esquece o que consumiu ou esquece os 10%, eu sei disso. E como sei! Mas o fato aqui relatado é entre pessoas de boa índole e educadas, rsrsrs}

Com a pressão da mocinha pedindo o valor, falei pra Camila – que era a primeira da fila – que a minha conta daria aproximadamente R$ 30,00 e que quando chegasse a minha vez a moça passaria no meu cartão o valor que estivesse em aberto, fosse menos ou mais do que o valor que eu realmente havia consumido.

Calhou de eu ser a última, e quando cheguei no caixa a moça já havia passado o meu cartão no valor de R$ 30,00. Para me certificar, sabendo que todas as meninas tinham passado um pouquinho a mais para arredondar, perguntei se o valor exato para fechar a conta era aquele. A partir daqui vou relatar em diálogo, para vocês se sentirem no clima:

Eu: O valor exato para fechar a conta é esse? Não está faltando nada?

Moça-atenciosa: Foi o valor que a sua amiga mandou passar.

Eu: Tudo bem, é porque você estava perguntando os valores em cada um dos cartões, e eu falei o valor aproximado. Mas você não tinha que ter passado no último cartão o valor exato para fechar a conta?

Moça-atenciosa: Se você não queria passar esse valor, então não mandasse a SUA AMIGA informar esse valor. É pra cancelar? Se quiser eu cancelo.

Eu {chocada}: Veja só, eu não quero cancelar, quero só entender se esse realmente é o valor devido, porque sei que elas deram a mais para arredondar.

Nesse momento ela começou a resmungar umas coisas do tipo: “Eu mereço, em pleno feriado ter que aguentar essas coisas, e blá blá blá…”

Moça-atenciosa: E você está esquecendo dos 10% do garçom.

Eu: Os 10% são opcionais. De qualquer forma, gostamos muito do serviço dele e todas pagaram sua parte considerando essa porcentagem. A única coisa que quero saber é se o valor total da conta menos o que já foi pago é o que você está debitando do meu cartão, ou se estamos deixando dinheiro de presente aqui pra você.

Nessa hora eu já estava beeeeem puta e já estava mais do que claro que ela estava cobrando a mais. Até porque se fosse menos, ela teria falado logo de cara, né? E com a minha insistência, ela me mostrou que a diferença era de quase R$ 7,00.

Moça-atenciosa: Se é presente ou não, não interessa. Esse é o valor que a SUA AMIGA mandou passar. E é assim que o sistema funciona.

Eu {já bufando de raiva e tentando manter a compostura}: Já pagamos os 10% que cabe a ele, e se quiséssemos deixar mais algum dinheiro a decisão partiria de nós, e não de você. E o sistema não funciona assim, ou você nunca ouviu falar em parcial? Eu tenho comércio, sei como funciona. Você é muito insolente em discutir comigo uma coisa que você não tem razão e ainda se recusou a me informar o valor correto. O troco você vai me dar em dinheiro mesmo?

Moça-atenciosa {com oidjo no coração e cara de poucos amigos}: Vou. E se tem alguém insolente aqui, esse alguém é a senhora.

Recebi meu troco, pedi ao garçom um cartão com o telefone do lugar e o nome da mocinha anotado para poder ligar para o gerente da casa. Enquanto ele fazia isso ela ainda teve a petulância de gritar:

Moça-atenciosa: Venha aqui amanhã, SENHORA! O gerente vai estar aqui e você pode falar com ele pessoalmente.

Eu: Obrigada pelo informação. Posso fazer isso pelo telefone mesmo.

Nesse vai-e-vem, acabou que ela me deu o troco e ficou com meu cartão, e quando entrei no carro ela me ligou dizendo: “A senhora estava tãaaaao estressada que esqueceu o seu cartão aqui”. Voltei lá no alto dos meus sapatos 8cm marrom de tachinhas e peguei o meu cartão, não sem antes agradecer.

Gente, que raiva que eu fiquei! Não é pelo dinheiro, porque graças a Deus cinco reais a mais ou a menos não vão me fazer nenhuma diferença. Mas não suporto desonestidade e petulância, e pra mim não importa se você pega um ou mil reais, se não é seu e nem é devido, é roubo. Sem falar na atitude dessa moça, que em momento nenhum deveria ter discutido comigo. Não sou daquelas que acha que o cliente sempre tem razão, porque nem sempre tem, mas nesse caso a situação era bem clara e ela tinha que ter feito o procedimento correto.

Parafraseando o Comando Vermelho {#ironiasdavida}: o certo é o certo, não é o errado e nem o duvidoso.

Ainda não liguei para falar com o gerente do local, mas assim que o fizer, conto aqui pra vocês o posicionamento da casa.

P.S. Eu nem tô na TPM, mas não podia esperar pra contar isso pra vocês.

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