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O lado cruel da indústria da vaidade

Na hora de comprar um batom ou um blush novo, você leva em consideração se a marca que está consumindo testa seus produtos em animais? Sabia que algumas marcas de fato testam suas criações em bichinhos, colocando-os sob procedimentos que causam dor e sofrimento? Você não precisa ser um ativista defensor dos animais – não precisa sequer gostar deles – para não querer que eles sejam submetidos a tamanha brutalidade. Existe um lado cruel da indústria da vaidade que muita gente desconhece.

Muitas marcas de cosméticos, classificadas como “Cruelty Free” (livre de crueldade, em tradução livre), submetem seus produtos a outros tipos de testes, que não o sacrifício animal, para garantir a segurança à saúde e a eficácia de suas invenções. No entanto, ainda é muito grande o número de empresas que continua recorrendo a métodos impiedosos para testar novas ideias.

Teste em animais: o lado cruel da indústria da vaidade

Mas que testes são esses, afinal de contas? O Oxente Menina conversou com o consultor farmacêutico João Guimarães, que contou como alguns desses procedimentos são feitos:

Teste de Irritação dos Olhos: É utilizado para medir a ação dos ingredientes químicos encontrados em cosméticos. Nesse tipo de teste, os coelhos são colocados em suportes onde apenas suas cabeças ficam expostas, e em alguns casos são colocados clipes de metal segurando a pálpebra para que os olhos sejam mantidos abertos. Em seguida, o produto é aplicado diretamente nos olhos dos bichinhos, enquanto eles estão conscientes, e permanecem agonizantes durante uma semana, período médio necessário para os testes. Além da dor, a cegueira e o sacrifício são consequências inevitáveis.

Coelhinhos submetidos à cegueira e ao sacrifício.

Teste Draize de Irritação Dermal: A pele do animal é propositalmente raspada e ferida com uma fita adesiva, que é pressionada e arrancada violentamente. O processo é repetido quantas vezes forem necessárias, até que o pelo dê lugar à camada de carne viva. Quando este estágio é atingido, o animal é imobilizado e substâncias do teste são aplicadas.

Existem outras alternativas!

Os aparatos tecnológicos existentes, aliados aos estudos feitos ao longo dos anos que a indústria já possui em bancos de dados, são mais que suficientes para evitar a brutalidade a qual os animais são submetidos. Além disso, grande parte dos testes podem ser testados in vitro, e até mesmo em cobaias humanas (com o devido consentimento para o teste/estudo, obviamente.

O fator determinante para que estudos arcaicos e cruéis sejam feitos em plena era da tecnologia é puro e simplesmente financeiro. Falando na língua dos cifrões, é mais conveniente para a indústria torturar e sacrificar animais do que investir uma parcela do seu orçamento em estudos computadorizados.

Lista do amor

O PEA (Projeto Esperança Animal) é uma entidade ambiental cuja missão é mudar o tratamento cruel que os animais e o ambiente recebem nos dias de hoje e conscientizar a população. No site oficial da organização existe uma lista regularmente atualizada com os nomes da empresas nacionais que NÃO testam seus produtos em animais. Para consultar o índice, acesse http://www.pea.org.br/crueldade/testes/naotestam.htm.

Outros sites para referência e informações sobre ajuda e proteção aos animais:

Crédito das imagens: PEA e PETA

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