Ícone do site Oxente Menina por Ana Lu Fragoso

Aquela estranha moda…

Me sinto cada vez mais fora de moda. Parece que o sinônimo de fashion hoje em dia é sairmos de casa vestidos como se estivéssemos indo para um baile de carnaval. Nada contra os bailes de carnaval, diga-se de passagem, só acho que aqueles acessórios coloridos e chamativos deveriam ficar guardados em fevereiro.

Houve um tempo em que moda remetia à elegância, mulher considerada chique era aquela que vestia uma calça de alfaiataria preta bem cortada e parecia flutuar em cima de belos e duradouros scarpins. Um vestido clássico adornado com o acessório certo então, foto de revista na certa! Hoje o clássico aparentemente é entediante, e o entediante virou descartável.

Não quero tentar convencer ninguém de que o clássico é uma regra e que esse estilo deve ser adotado como uniforme para todos. Isso sim, seria entendiante! Acredito que as transformações e adaptações são importantes: mistura de estampas, sobreposições e  mesclagem de estilos não só são benéficas para a moda, como são super válidas para comunicar a personalidade e a necessidade de expressão de um indivíduo,  porém – e que me perdoem os ultra-master-mega-blaster fashionistas – às vezes inovar e misturar demais acaba em um grande desastre.

A busca pela inovação e pioneirismo de ideias, associados à saturação do mercado da moda {tendo os blogs do segmento uma grande parcela de culpa}, tem resultado em criações catastróficas. E sem essa de que “é uma expressão artística e cultural do movimento neo-vanguardista da moda”, certas coisas são simplesmente ridículas.

O diferente não é necessariamente lindo, o conceitual que desfila nas passarelas não precisa ser seguido à risca sem filtros, e mesmo que a moda não seja bela o tempo todo, não precisamos de alegorias espalhafatosas para estar dentro desse contexto grandioso.

E estilos e ideias a parte, que Santa Maria Chanel perdoe os nossos pecados fashion e nos conduza ao chique e elegante. Amém.

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