Babá ou berçário: qual é a melhor escolha para seu filho?

Para grande parte das mulheres, assim que acaba a licença-maternidade, vem o dilema: contratar uma babá para cuidar do pequeno em casa ou matricular o bebê em uma creche? Embora eu já estivesse trabalhando home-office quando Luca nasceu, a loucura de ter que dar conta do meu trabalho, da casa e do bebê me fez cogitar as duas possibilidades: babá ou berçário.

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Babá ou berçário: existe decisão certa?

O que deve ser levado em consideração, antes de qualquer outra coisa, é o estilo de vida dos pais e as necessidades da família. Não existe decisão certa ou errada quando se trata de cuidados com o bebê, o que existe é a escolha que melhor se adapta aos hábitos e demandas como um todo, priorizando sempre, é claro, o bem-estar da criança. Para ajudar nessa decisão, que não é fácil, listei aqui alguns prós e contras de cada escolha.

Babá

Vantagens:

  • Essa é a solução mais flexível, pois permite a você combinar os horários que forem mais adequados à sua rotina e, se a babá puder, inclusive alterá-los conforme surgir a necessidade;
  • “A babá ajuda, pelo menos em parte, a suavizar a ansiedade da separação na criança, pois o pequeno fica em casa, num espaço que já conhece”, aponta Rosele Martins, relações públicas da Sitly, plataforma online que permite encontrar a babá ideal usando até mesmo o celular;
  • A profissional também pode levar seu filho para passeios no parque ou em outros lugares dos arredores, o que não costuma acontecer no dia a dia das escolinhas;
  • Como a dedicação ao seu filho será exclusiva, ela também pode incentivar aptidões que ele demonstra ter, sugerindo atividades e repetindo-as de acordo com o interesse do pequeno;
  • Dependendo do acordo entre vocês, a babá pode ajudar em algumas tarefas domésticas.

Desvantagens:

  • A criança socializa menos, já que não tem coleguinhas;
  • Se a babá ficar doente ou tiver algum imprevisto, pode ser difícil encontrar uma solução de última hora.

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Crédito: FatCamera

Berçário

Vantagens:

  • Pedagogos e pediatras a favor dessa solução enfatizam a importância de a criança entrar em contato com outras crianças para entender como funcionam os relacionamentos;
  • Alguns pediatras defendem que a escolinha funciona como uma “vacina natural” contra doenças, pois o corpinho dos pequenos desde cedo precisa enfrentar o ataque de bactérias e vírus;
  • A criança recebe estímulos contínuos elaborados por profissionais da área pedagógica. Com isso, as atividades são adequadas à cada faixa etária, incentivando o desenvolvimento cognitivo.

Desvantagens:

  • O alto preço das escolinhas particulares e a falta de vagas nas creches públicas;
  • A inflexibilidade de horário;
  • Há pediatras que aconselham não expor seu filho a um ambiente com tantos vírus e bactérias antes dos 18 ou 24 meses de idade. Segundo esses médicos, o organismo ainda muito desprotegido das crianças as torna alvos fáceis para doenças dos tratos respiratório e gastrointestinal, principalmente. E, quando fica doente, a criança não pode ir à escola, exigindo uma solução alternativa;
  • Nem todas as escolinhas capricham o tanto que deveriam na elaboração do menu, no preparo e no manuseio dos alimentos dados aos bebês.
Alguns pediatras defendem que o contato com outras crianças é importante para criar imunidade. | Crédito: FatCamera

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Nossa experiência com Luca

Assim que saímos da maternidade, tivemos a ajuda de uma auxiliar de enfermagem que nos atendia diariamente durante algumas horas – foi ela quem me ensinou a dar banho nele, porque nem para isso eu estava preparada! Mas passado esse período em que tudo é novidade, inclusive o novo ser que habita a casa, e eu me vi sozinha novamente, acabamos decidindo por contratar uma babá, que ficou conosco até pouco antes do gordinho entrar na escola.

Mesmo eu trabalhando de casa, a ajuda da babá era valiosa quando Luca era bebê.

“Mas para quê babá se você está em casa o tempo todo?” foi o tipo de comentário que ouvi na época. Nem todo mundo entende que trabalhar de casa também é trabalho. Talvez só quem já passou pela experiência seja capaz de entender que mãe não é ninja, e dar conta das responsabilidades profissionais, dos afazeres domésticos e da criança é praticamente impossível.

No fim das contas, quem sabe das suas reais necessidades é você! Seja babá ou berçário, a decisão sobre o que é melhor para o seu filho cabe a você e sua família.

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