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Maragogi: conhecendo o Caribe brasileiro em plena pandemia da COVID-19

Viajar no meio de uma pandemia parece uma das decisões mais malucas a se tomar. Nós nem sequer tínhamos decidido o destino que viajaríamos esse ano, e depois que o caos da COVID-19 se instaurou, aí que todos os sonhos de explorar um novo lugar no mundo foram por água abaixo mesmo! Acontece que meu marido resolveu tirar uns dias de férias – em menos de uma semana resolvemos nosso destino de 2020: Maragogi, no litoral de Alagoas.

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Maragogi: o Caribe brasileiro

Um dos motivos para a escolha de Maragogi foi a proximidade de Recife (são 2h30 de carro) e o fato de não termos que entrar em um avião. Além do mais, fazia anos que eu e Rodrigo não íamos ao litoral alagoano e queríamos um destino de praia que Luca pudesse conhecer e curtir bastante. Desfrutar das águas morninhas e tranquilas das praias desse trecho da costa brasileira não parecia uma má ideia.

Se dependesse de Luca, ele passaria o dia dentro d’água. Foto na Praia de Antunes.

Praia da Barra Grande

Nossa viagem foi rápida, passamos apenas três dias, e queríamos aproveitar cada minuto. Ficamos hospedados na Barra Grande, que é uma praia lindíssima onde fica o Caminho de Moisés, uma área que, quando a maré está baixa, um trecho de areia divide o mar em duas partes. Infelizmente não conseguimos pegar nenhum dia de maré baixíssima para apreciar esse fenômeno, mas demos bons mergulhos nessa praia. Quando a maré está cheia chega a fazer ondas e puxar um pouco, por isso não acho a mais adequada para quem está com crianças muito pequenas.

No primeiro dia a maré estava secando e o banho de mar na Barra Grande estava uma delícia!

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Praia de Antunes

No segundo dia de manhã curtimos a Barra Grande novamente, mas o mar já não estava tão agradável como no dia anterior. De tarde fomos conhecer a tão falada Praia de Antunes.

Para chegar até Antunes você precisa pegar um dos acessos através das pousadas e restaurantes ou das estradas de barro que levam até lá. Para chegar de carro até a beira da praia, só por esses acessos citados ou nos bugues credenciados. No nosso caso, deixamos o carro em um dos estacionamentos que ficam do outro lado da BR e caminhamos pela estrada de barro a pé.

No início dessa estradinha ficam vários guias tentando oferecer serviços. Acho importante frisar um detalhe: nenhum deles estava usando máscara! Chegou um momento em que tive que ser chata e pedir para não se aproximarem da gente por medidas de segurança. Eu, Luca e Rodrigo estávamos de máscara, mas achei que seria prudente chamar a atenção das pessoas. (Na verdade, acho que deveria partir dos órgãos públicos a educação e a orientação aos trabalhadores da indústria do turismo em relação à pandemia, não de mim. Mas façamos nossa parte, né?).

Passado esse mal-estar pela negligência às medidas de segurança, chegamos à praia. E que praia! A beleza desse lugar e o banho de mar fizeram cada passo da caminhada valer a pena.

Fomos dois dias seguidos para Antunes de tanto que gostamos.

A Praia de Antunes, assim como o Caminho de Moisés na Barra Grande, também tem uma peculiaridade: quando a maré está baixa, várias piscinas naturais se formam. Também não conseguimos ver as piscininhas porque tentamos fugir dos horários que a praia estava cheia.

Das duas vezes que fomos, deixamos para curtir no final da tarde, quando já havia pouquíssima gente (até as barracas já estavam fechadas). O bom dessa praia é que mesmo com a maré mais alta, o mar fica um grande piscinão rasinho e sem ondas. Para nós foi perfeito!

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Praia de Peroba

No penúltimo dia pela manhã, enchemos o cooler e fomos curtir a Praia de Peroba. Outra piscina maravilhosa!

A vantagem de Peroba é que o acesso é fácil e dá para deixar o carro perto da praia. Para minha mãe, que tem problemas de mobilidade e anda com dificuldade, foi uma mão na roda.

Assim como Antunes, Peroba tem água tranquila e morninha. Além de uma vista maravilhosa, seja qual for o lado que você olhar.

Nossas medidas de segurança nas praias de Maragogi

Nas praias não tivemos contato com ninguém. A sensação que tive foi que os turistas estavam mais preocupados com o distanciamento social do que os próprios prestadores de serviço. Assim como nós, todos os visitantes que vimos estavam de máscara. Sempre que saíamos do carro colocávamos as máscaras até chegarmos à praia e nos acomodarmos nas cadeiras. Para sair da praia e voltar para o carro, a mesma coisa.

Não consumimos nada dos vendedores ambulantes (vi bem poucos, por sinal), apenas as coisas que levamos de casa – tanto as bebidas como os petiscos. No cooler sempre tinha uma cervejinha, meu espumante rosé, suco e água, e na bolsa uns pacotes de salgadinhos. Não é a mesma coisa que comer um peixe frito fresco sentindo a brisa salgada do mar, mas achamos melhor assim.

Vale a pena ou não viajar dessa maneira?

Para nós valeu muito! Não fizemos passeios com receptivos, não utilizamos serviços de guia turístico, escolhemos dias de semana pra não correr o risco de pegar aglomerações, não fomos às praias badaladas em horários de maré baixa e não comemos em restaurantes, foi tudo por conta própria mesmo. Para quem está disposto a fazer concessões, eu acho uma experiência válida.

É bom salientar também que viajamos em dias de semana, fomos na terça e voltamos na sexta. Além de fugir do fim de semana, fugimos também do feriadão de 7 de setembro, que tinha sido no fim de semana anterior à nossa ida.

Os detalhes sobre a hospedagem em Maragogi vou contar em outro post.

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