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Como eu era antes de você [Resenha]

Olha que ironia, a pessoa ama ler, tem um blog, mas não fala de livros no blog. Guilty! Mas agora isso está mudando, porque eu e outras 7 blogueiras muito bacanas formamos um grupo com a hashtag #blogselivros para falarmos todos os meses sobre uma obra. Nossos gostos podem ser bem parecidos em alguns livros, ou em alguns gêneros, mas as diferenças existem e a ideia do grupo é justamente que cada uma seja bem sincera na hora de soltar o verbo. Assim nossos leitores não se deixam levar apenas por resenhas engessadas e sem aquele quê de pessoalidade. Para começar escolhemos o best-seller Como Eu Era Antes de Você, de Jojo Moyes. De tão popular, é possível que você já o tenha lido ou visto o filme, mas se ainda não leu, mesmo que tenha assistido ao filme, não deixe de dar uma chance às páginas e se envolver um pouquinho no mundo de Louisa Clark e Will Traynor.

Como Eu Era Antes de Você

Louisa Clark tem 26 anos e ainda mora com os pais, o avô, a irmã e o sobrinho em uma pequena cidade da Inglaterra – e é o que podemos chamar de uma pessoa acomodada. Lou não tem nenhuma ambição na vida, namora um cara há 7 anos, trabalha num café como garçonete e acha que a vida está boa do jeito que está, obrigada. Quis o destino que uma reviravolta acontecesse para abalar a insipidez da vida da nossa querida personagem, e Louisa perde o emprego no café do simpático Frank.

Lou não tem grandes qualificações, nem a força de vontade da sua irmã Katrina para se dedicar aos estudos com o desejo de crescer na vida, e na sua busca por um emprego acaba encontrando uma vaga de cuidadora na mansão Grant House para auxiliar o tetraplégico Will Traynor. Will tem 35 anos, perdeu os movimentos do corpo em um acidente, e, ao contrário de Louisa, costumava ter uma ânsia por aproveitar cada momento da vida se jogando de corpo e alma em cada uma das muitas atividades que costumava ter. O acidente acaba transformando Will em uma pessoa amarga e sarcástica, e é com essa personalidade difícil que Louisa precisa lidar todos os dias.

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Se condescendente foi a palavra que traduziu a imagem da senhorita Clark até aqui, sejamos justos ao descrevê-la. Louisa pode não ser a pessoa mais ambiciosa do mundo, mas é alegre, positiva, tem um coração bom e um desejo enorme de ajudar todos ao seu redor. Isso e a necessidade de ganhar dinheiro fazem com que o trabalho na Grant House seja encarado de uma forma resiliente sem, no entanto, destruir seu humor.

As personalidades se chocam e Will e Louisa não tem o que podemos chamar de um bom começo. Mas a paciência da cuidadora, seu otimismo, seu humor – e o seu estilo fashion berrante que acaba por divertir Will – fazem com que os dois deem início a uma grande amizade com Will tentando fazer Louisa aproveitar a vida e Lou tentando fazer com que Will não desista de viver.

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Vale à pena ler porque…

A leitura aborda o problema da paralisia de Will de forma amena, mas sem minimizá-lo. Os personagens secundários são divertidos, alguns trechos com os pais e o avô de Louisa garantem as melhores risadas do livro. De forma geral, a leitura é leve sem ser enfadonha, e apesar de não girar em torno de um assunto alegre, também não é abordado de forma angustiante.

Agora deixa eu te contar mais uma coisinha: todo mundo conhece alguém como Louisa Clark. É aquela amiga super gente boa, aquela pessoa que tá no top 5 de “pessoas de melhor coração”, mas que de vez em quando você sente vontade de dar uma sacudida nela e dizer um sonoro “acorda pra vida, criatura!”. E todo mundo conhece um Will também. Se não especificamente alguém com deficiência, alguém bem ranzinza e que usa sarcasmo como defesa. Alguém se identifica?

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