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Oktoberfest em Blumenau [com criança!]

Foi só dar um pulinho em Santa Catarina para perceber que a Oktoberfest, em Blumenau, é uma das festas mais animadas do Brasil. E que delícia de festa!

Planejando a Oktoberfest

Essa viagem estava sendo planejada desde o final do ano passado, quando encontramos passagens de Recife para Navegantes por menos de R$ 400. A breve passagem que fizemos por Floripa para conhecer o Beto Carrero em 2015 não nos deixou conhecer muito desse lindíssimo estado, então nada mais justo do que voltar lá e curtir uma das festas mais famosas do país.

A Oktoberfest de Blumenau é a 3ª maior do mundo, atrás apenas do evento original na Alemanha e da Kitchener-Waterloo Oktoberfest, no Canadá. A primeira edição em Blumenau foi idealizada em 1984 para trazer de volta a alegria dos moradores – e para resgatar a economia da cidade – após uma enchente. Nesse mesmo ano, mais de 100 mil pessoas passaram pelo antigo pavilhão onde a festa foi realizada, consolidando de imediato o evento na cidade. Hoje a Oktober – como é carinhosamente chamada (e que promove quase 20 dias de festa) – faz de Blumenau o principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro.

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A Vila Germânica

O palco da Oktoberfest de Blumenau é um espaço de nada menos do que 30 mil metros quadrados, divididos em pavilhões, lojas, restaurantes e cafés. Cada um dos pavilhões, sinalizados como setor 1, 2 e 3, é independente com seu próprio palco, mesas e restaurantes, porém interligados, o que faz com que os visitantes consigam ir de um para o outro facilmente. Cada um comporta entre 14 e 20 mil pessoas!

Visitamos a Vila Germânica em dois momentos, o primeiro no sábado à noite e o segundo em uma tarde de domingo. No sábado eu e meu marido ganhamos um vale-night da sogra para poder curtir a noite da Oktoberfest sem o nosso pequeno. Os pavilhões estavam lotados, porque a sexta e o sábado após as 22:00 é quando a festa realmente bomba, mas ainda assim estava super tranquilo de transitar e encontramos nossos amigos com facilidade. Não conseguimos pegar uma das mesas que ficam perto do palco, mas perto dos bares existem alguns espaços (tipo pequenas praças da alimentação) onde deu pra gente sentar e jantar tranquilamente antes de entrar definitivamente na cerveja.

Já no domingo à tarde fomos na companhia de Luca e da minha sogra e foi bem mais tranquilo. Luca se divertiu no parquinho que fica do lado oposto aos pavilhões e passeou bastante pela Vila Germânica. Até para conseguir mesa foi bem fácil, já que a quantidade de gente nesse horário (especialmente por ser domingo) é bem menor.

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“Um barril de chopp é muito pouco pra nós…”

Essa é uma das músicas que mais tocam na Oktober, daquelas que grudam na cabeça e você se pega cantando enquanto varre a casa, deixa o filho na escola, faz chapinha no cabelo… É tipo a versão ‘oktoberfestiana’ para “Olinda, quero cantar a ti essa canção…” do carnaval pernambucano. Mas o ponto aqui não é a música, e sim a cerveja, porque uma das perguntas que surgiram nas minhas redes sociais foi se quem não bebe consegue curtir a festa. A cerveja é sem dúvida um dos ingredientes principais, mas a Oktoberfest não é apenas para os apreciadores da bebida! A festa é uma demonstração da cultura alemã que está enraizada na região, e essa demonstração cultural é revelada através da dança, da música e da gastronomia também. Então, se a dúvida é se consegue aproveitar mesmo sem beber a resposta é uma só: claro que sim!

Gastronomia alemã

Além dos vários quiosques de cerveja espalhados pelos pavilhões, existem muitos restaurantes também. O legal é que durante a Oktober os preços são tabelados, você compra as fichas nos caixas e pode consumir em qualquer lugar dentro da Vila Germânica. Um dos pratos de comer rezando é o joelho de porco (e antes de torcer o nariz, como eu fiz, dê uma chance). A carne é super macia e saborosa, e um prato serve muito bem duas pessoas – tão bem que eu não consegui comer o marreco recheado que eu tanto queria (sorte que consegui comer no dia seguinte em um restaurante). E também experimentamos as deliciosas linguiças alemãs. Acho que vou ter que voltar próximo ano para apreciar o marreco recheado e as batatas recheadas na Vila Germânica…

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É feio, mas é bom! O tradicional joelho de porco da culinária alemã.

Deslocamento e ingressos

Ficamos em uma pousada um pouco distante da Vila Germânica, mas de Über dava cerca de R$ 7. À noite o trânsito nas imediações fica um pouco congestionado, o ideal é chegar antes das 21:00 ou descer em uma das ruas próximas e ir andando, o que também é super de boa.

Os ingressos podem ser comprados na hora, mas o ideal é comprar com antecedência para não correr o risco de chegar lá e estarem esgotados. Alguns anos atrás, quando não havia limite de pessoas, quase 90 mil pessoas estiveram na Vila Germânica em uma única noite. Desde então o corpo de bombeiros estabeleceu um limite, e quem não compra antecipado, um abraço! O do sábado compramos antes de viajar pelo site da BlueTicket por R$ 40, no domingo compramos na hora por R$ 12. Não há diferença de preços no site ou na hora, exceto pela taxa de conveniência do site, a diferença é de acordo com o dia. Em algumas datas, inclusive, a entrada é gratuita (todas essas informações estão no site da Oktoberfest Blumenau).

O acesso a Vila é bem organizado com catracas para ingresso inteiro, meia-entrada, cortesia e para quem vai com trajes típicos. Os trajes típicos, aliás, são uma atração a parte! Nesse ponto achei o catarinense bem parecido com o pernambucano em relação ao carnaval: as pessoas realmente vestem a cultura do lugar. Da mesma forma que por aqui a gente se fantasia, lá eles também se caracterizam de Fritz e Frida, e é muito legal parar e observar as pessoas com essas roupas lindas e fazendo os passos de danças alemãs.

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Desfile na XV de Novembro

A rua XV de Novembro é onde fica o famoso prédio cartão-postal de Blumenau, que hoje é a loja Havan, e o Tunga, um dos bares mais tradicionais da cidade. Para o desfile é importante chegar com pelo menos 40 minutos de antecedência para ficar perto da grade de proteção e conseguir ver tudo. Alguns participantes compartilham chopp e distribuem balas e iguarias típicas, e é lindo ver o orgulho com que desfilam em seus trajes típicos em bicicletas e carros alegóricos. O que me chamou atenção foi a quantidade de crianças, inclusive bebês, que acompanham os pais nessa farra.

Nós assistimos o segundo desfile, que aconteceu no dia 07/10. Esse ano seis desfiles estão na programação, e ainda dá tempo de assistir o do dia 18/10 e o de encerramento no dia 21/10. A parada dura em média 1h30, mas saímos antes de terminar porque Luca pegou no sono.

Viajar com criança tem seus prós e contras (como perder o resto do desfile porque você não consegue ficar segurando um chumbinho 20 kg nos braços). Antes de viajar algumas pessoas disseram que Luca não ia curtir a Oktoberfest ou que a gente não ia aproveitar tanto, a gente aproveitou muito, e ele também – é tudo uma questão de adaptação

A Oktoberfest é uma festa maravilhosa e super organizada, e Blumenau uma cidade linda, só não sei porque demoramos tanto para ir conhecer. Gostando ou não de cerveja, recomendo a todo mundo participar pelo menos uma vez desse evento – por aqui já estamos com saudade. Prost!

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