Ensino religioso na infância: sim ou não?

Ano passado, quando estávamos procurando escola para Luca começar a estudar a partir deste ano de 2020, as aulas de religião não tinham um peso muito significativo na escolha. Apesar de eu ser de uma família católica, não posso dizer que sou uma pessoa religiosa. Foi só quando ele começou a ter as aulas (ele acabou indo para um colégio católico), que percebi a importância do ensino religioso na infância.

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Ensino religioso na infância: uma base para a criança

Mais importante do que saber recitar a Bíblia de trás para a frente, o que realmente espero para o meu filho é que ele tenha uma base de amor e respeito pelo próximo. Os livros da Bíblia trazem ensinamentos valiosos e servem como um norte para que a criança saiba discernir entre o certo e o errado em se tratando de princípios.

É claro que as aulas de religião da escola por si só não vão transformar ninguém em um ser iluminado. A formação do caráter e dos valores é uma combinação do que a criança aprende em casa e na convivência social. No fim das contas, o exemplo das atitudes que o pequeno vê na família é o que vai direcioná-lo.

E se podemos ter a escola como uma aliada nessa formação, melhor ainda.

A importância de aceitar a diversidade

Embora o colégio seja católico, uma coisa que me deixou extremamente feliz ao folhear o livro de religião de Luca foi perceber que não se trata de um livro que divaga sobre o catolicismo, e sim sobre religião como um todo.

Algumas semanas atrás, enquanto o acompanhava na aula on-line, o estudo do dia era sobre os símbolos relacionados ao catolicismo, ao budismo, ao judaísmo e às religiões afro-brasileiras. Sem orientações tendenciosas. Sem críticas ao que é diferente da religião que a instituição de ensino segue.

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Livre para escolher o que seguir

Como eu disse no início, não sou religiosa, não frequento nenhuma igreja ou templo, mas acredito que existe uma força superior que nos rege, amplamente conhecida como Deus. Antes de dormir, desde que Luca era pequenininho, sempre fazemos uma oração espontânea  para Deus – ou para essa força suprema – agradecendo e pedindo proteção.

A espontaneidade, aliás, considero fundamental. Não quero forçar meu filho a proferir orações prontas, prefiro que as palavras partam do coração dele. Assim como um dia partirá do coração a escolha da religião que ele vai seguir. E se ele optar por não seguir nenhuma, tudo bem também.

Somos todos iguais

Da mesma forma que ensinamos que ninguém é melhor do que ninguém por causa da cor da pele, da forma física ou da nacionalidade, também queremos que Luca saiba que nenhuma religião é melhor do que a outra. E que não existe certo ou errado quanto à doutrina abraçada por um indivíduo.

Queremos mesmo é que ele saiba que o amor, o caráter e o respeito pelas pessoas é o que realmente importa. Se ele conseguir absorver esses ensinamentos, está tudo certo.

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